Como reagir diante de um assalto, ainda é uma incógnita. Os especialistas em segurança pública revelam algumas medidas de autoproteção a fim de que sua vida não seja roubada pelo ladrão. Mas os ladrões também se especializaram e se ramificaram. Há assaltantes de todos os níveis, de primeira, de segunda, de terceira, de quarta e tantas mais categorias. Se os do lado de lá não sabem o que fazer, como o cidadão comum saberá, envolvido num cotidiano estressante, cheio de armadilhas burocráticas capaz de atordoá-lo sem chances de recuperar-se ? A violência burocrática moderna às vezes é mais agressiva do que um simples assalto...
Papéis também matam e possibilitam assaltos.
Enquanto a sociedade paga tributos para sustentação dos governos, o que tornou-se mais rotineiro é ouvir de governantes que "falta verba" para isso, "falta verba" para aquilo, e assim por diante. Por outro lado, os cofres públicos abastecidos pela arrecadação tributária, paga através do esvaziamento dos bolsos dos cidadãos, sofrem arrombamentos por ladrões de alta categoria. Esses assaltantes não precisam apontar uma arma para roubar porque os cargos que ocupam lhes delegam plenos poderes de confiança, garantida pela instituição burocrática.
A falta de verbas para a Educação, para a Saúde e, principalmente, para a Segurança, está revelada nos assaltos aos cofres públicos por "cidadãos acima de qualquer suspeita". O nível de consciência de representação moderna expressa é de que, quanto maior o cargo, maior é o rombo no cofre.
Diante da realidade cruel do poderoso assaltante, aqueles que não tem poder algum, inclusive aquisitivo para comer, usa e abusa da fragilidade da sociedade para armar-se e tomar o que não lhe pertence, num clima de salve-se quem puder.
Será que Deus é brasileiro ?! Não será abusar da própria esperança, esperar que tudo seja resolvido por ele ?!
Até quando estaremos nos degladiando em combates "fraternais" pelo estigma da sobrevivência. Os mais altos assaltantes, detentores dos poderes burocráticos, eliminam também a possibilidade dos excluídos socialmente alimentarem expectativa de vida numa arena onde os leões devoram suas presas totalmente indefesas, desarmadas. Nem mesmo as hienas sobrevivem a tamanho ataque dos leões, enfurecidos e famintos.
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