quarta-feira, 15 de junho de 2016

ANTROPOFOBIA

               Os estudos da Sociologia começa no indivíduo, que é o seu formador quando busca satisfazer a necessidade de viver em sociedade, vencendo o isolamento. Sendo a família a base dessa vida social, sua extensão se propaga na comunidade que precisa de harmonia para sua sustentação. Com a complexidade dessa comunidade multiplicada, as diferenças individuais se acentuaram ao limite dos desencontros belicosos. 
                    Existe a Estratificação Social convencional nos estudos da Sociedade que hoje se perdeu na nova era globalizante. A globalização determinada mais ainda pela comunicação instantânea da tecnologia, que instiga a ansiedade, exigindo um dinamismo desumano, certamente modificou o comportamento individual, afetando o racional. Os surtos individuais tornaram-se grupais. 
                  No aparelho que dá acesso à Internet, a individualidade ganhou força possibilitando a cada indivíduo viver a sensação de que tudo pode. Infelizmente, essa possibilidade vai de encontro aos distúrbios revelados em cada expressão entusiasta. Ofensas e desavenças nas camadas sociais se acentuam. 
                   As classes sociais tradicionais são caracterizadas pelo padrão econômico de cada família, o que muito influi no comportamento social do indivíduo. Todavia, uma boa relação afetiva familiar se estenderá pela sociedade contribuindo para a consciência de uma vida social sadia. O amor entre seres da mesma espécie retrata o valor da fraternidade como um espelho que reflete a igualdade na imagem do semelhante.  
              Como conceituar na vida ultramoderna classe social, se o panorama da sociedade globalizada nos apresenta um painel laico contendo múltiplas formas de organizações grupais ? 
                 O conforto proporcionado pela tecnologia no indivíduo que pode desfrutá-lo causa a sensação de independência total do outro, como que a vida fosse resumida a um aparelho estritamente controlador de nossos movimentos, limitados.  
                    A comunicação à distância, integralmente, aumenta cada vez mais a distância entre os seres humanos. Essa distância contribui para a ausência do calor humano, no abraço amigo, na troca de palavras de carinho e conforto, no olho no olho. 
                      Com a facilidade da Internet, o isolamento alimentado, diversos grupos formados virtualmente, a consciência de Homem universal, de espécie animal racional, se perde num vazio emocional. A alimentação de grupos rivais em permanentes conflitos bélicos nos leva a uma autoextinção pela ação da ANTROPOFOBIA. 

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