Lá pelas cinco, o cidadão dá um beijo na esposa e filhos e segue para o trabalho onde deve se apresentar às sete horas para um novo dia de plantão. É domingo. Não sai mais de casa fardado, porque sua viagem poderá ser interrompida no caminho. Mesmo assim, corre o risco de ser abordado por uma blitz inesperada e confirmada sua identidade de protetor da sociedade como policial, militar ou civil, cuja farda ou uniforme encontra-se dentro do carro, tornando-se mais um aposentado involuntário, morrendo ou permanecendo inutilizado pelo resto da vida.
Esse cidadão, como demais servidores públicos parece viver numa corda bamba, onde, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Se prestar um mal serviço será sacrificado no calvário da profissão,se trabalhar bem, não tem certeza do recebimento de seu salário no final do mês para cuidar, bem, de sua família... caso consiga atravessar o abismo criado em sua sobrevivência.
Como poderá ser protegida uma sociedade cujo guardião encontra-se desguarnecido ?!
A corda bamba também estabelece um desequilíbrio perigoso, além da natural queda para o fundo do abismo, sempre arrebentando para o lado do mais fraco. As precárias condições conduz ao desestímulo, fortalecendo aos inimigos da sociedade que, infelizmente, estão muito acima do cidadão guardião, que não é eleito.
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