É surpreendente o que acontece com os criadores de leis, atualmente. Como qualquer cidadão, pagador de impostos a vida inteira, certos projetos de leis aguça nossa racionalidade ofendida.
Quando assistimos a divulgação de mais alto índice de homicídios infantis no habitat indígena, dando origem ao chamado INFANTICÍDIO, nos deparamos com a velha questão: - O que é o Índio em nossa civilização ? Segundo alguns interesses ele é visto como selvagem, segundo outros interesses é gente.
Para a Antropologia o indígena pertence a uma civilização própria, que deveria viver sem qualquer interferência em seu habitat natural, respeitando-se seus costumes e tradições. Lamentavelmente, a proteção que a Lei prevê para eles segue o mesmo descaso das leis que deveriam proteger a nossa civilização, que vive um interminável estágio de insegurança. Homicídios, suicídios e Infanticídios já não são banais nas cidades organizadas, cheias de infraestruturas ?
A questão de ser ou não ser índio já confunde o cidadão brasileiro, diante da população que foi reduzida ao mínimo possível. Assim como em qualquer habitat natural, a invasão do espaço selvagem pela civilização "civilizada" vai além da fisiocracia, interferindo na vida comportamental dos filhos da selva.
Como no cenário real de nossa sociedade as leis são elaboradas para serem executadas e, portanto, fiscalizadas, quem irá manter o exercício de uma lei que controlará a ação de uma mãe indígena quando abandonar seu filho na mata por rejeição ? Será ela julgada por "abandono de incapaz" como na sociedade branca, caso a criança seja salva pelo fiscal da lei ? Como se comportará o Cacique, o Pajé e companhia, diante de mais uma imposição do "homem branco" buscando sua hegemonia política na civilização indígena ?
O INFANTICÍDIO é peculiaridade da civilização indígena ?
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