quarta-feira, 23 de abril de 2014

JUVENTUDE QUER DESENVOLVIMENTO

            A juventude está marginalizada, diante da falta de oportunidades que apresenta o panorama pintado em nossa realidade. Fala-se em crescimento econômico. Mas como desenvolver se os recém-formados são despejados num mercado de trabalho sem o mínimo de oferta compatível com a mão de obra oferecida? 
            Jovem é rebelde por natureza. No entanto, sua rebeldia está cada vez mais aguçada, principalmente na classe média, quando deparamo-nos com o declínio do padrão de vida bruscamente, forçosamente, por imposição do marajaismo reinante. 
           A dependência ao desenvolvido trata-se de acomodação de oligarquias beneficiadas pela situação, cujo interesse é manter esse estado de coisas que impede o crescimento. O marajaismo fortalece os poderosos e enfraquece cada vez mais quem depende do trabalho para sobreviver. 
            Ao associarmos desenvolvimento ao fator crescimento, nos deparamos com a desproporcionalidade  existente nos países pobres. Como desenvolver numa roda-viva cujo ciclo vicioso é a manutenção do poder político através do poder econômico dos países pobres ? A dominação dos poderosos só impede o crescimento dos menos favorecidos, quando estes vivem confrontando-se com a cruel realidade da falta de oportunidades. 
               A juventude de um pais anseia pelo reconhecimento de sua vida adulta, capaz de seguir seus quinh
entos anos de história com a inteligência que possui, sem interferência no seu modo de vida. Para que isso aconteça, a dimensão continental precisa ser ocupada de forma harmônica e racional, considerando-se a existência de seus costumes e tradições seculares. Chega de exploração total. Basta de "dar a César " o que não é de "César". 
           Esta relação humilhante fere a dignidade humana no seu mais valoroso direito: o de viver. Mas, não há mais selva, não há mais índios, não há mais metrópolis para onde iam nossas riquezas... 
             A juventude sente o sacrifício dos adultos e manifesta seu ar de independência, demonstrando na busca de empregos que aquela figura do índio já se foi, apesar das oligarquias procurarem a manutenção do império. Para que a paisagem da colonização das atuais metrópolis globais desapareça, nada melhor do que desenvolver. Porém, o desenvolvimento parte da ação dos indivíduos em suas relações econômicas, que precisam ser incentivadas. Sem empregos, a juventude não se desenvolve. Obviamente, como desenvolver um pais sem a força do trabalho de sua juventude ?             

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