Nos anos 60 e 70, os estudos de literatura nas escolas ressaltavam o valor da leitura no sistema de ensino brasileiro, até o momento em que a interferência no desenvolvimento da intelectualidade tornou-se evidente pelo regime que governava o Pais. O que lia-se nos educandários como Literatura Infantil eram livros considerados clássicos na categoria, como o mais expressivo deles, O Pequeno Príncipe. Não era fácil interpretá-lo sem o auxílio da Filosofia. No entanto, era uma literatura infantil que requeria muita concentração, interpretação e entendimento, o que tornava-se um grande desafio para os estudantes da época. Fazia-se necessário até mesmo a releitura por parte de alguns. E esse grande clássico continua buscando leitores infantis, desafiando a maturidade intelectual da infância de todos...
Paralelamente, não é possível esquecer que os clássicos infantis da mesma época, Fernão Capelo Gaivota e O Menino do Dedo Verde, também desafiavam os estudantes a um estudo de interpretação que hoje é sinônimo de sacrifício para o aluno, envolvido numa política na Educação de puro protecionismo. Este absurdo se resume na facilitação da aprendizagem para atender aos critérios da Estatística oficializada, cujo resultado que interessa é o da aprovação, custe o que custar.
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