Dois amigos nasceram no mesmo bairro, na mesma rua, e tinham a mesma idade. Frequentavam a casa um do outro, jogavam bola juntos, fazendo questão de participarem sempre do mesmo time. Estudavam na mesma escola até o ensino médio, ativos no esporte e na disputa pelas garotas. Até nas avaliações suas notas mantinham um nível entre bom e ótimo. Gostavam de curtir um Rock e um Sertanejo. Esses dois eram tão parecidos que pareciam o mesmo, ou seja, Um em Dois.
Como até nos gêmeos idênticos encontra-se um detalhe que os difere, no ensino superior, os amigos separaram-se seguindo caminhos profissionais já revelados na adolescência, quando concluíram o ensino médio.
Antes de terminarem ensino médio, na fase do pré-vestibular, final do ano, no mês de dezembro, num dia de sol e céu azul estupendo, os dois amigos resolveram descansar à beira mar. Sentados num banco da calçada da praia oceânica de Piratininga, em Niterói, pronunciaram uma conversa que definia a vocação de cada um.
Olhando o mar aberto, além das ilhas, o futuro filósofo comentava com o amigo: - É impressionante a grandeza desse mar, com uma imensidão de água que, a olho nu, podemos conferir o quanto o nosso planeta é coberto pelos oceanos, cujo volume nos faz sentir insignificantes !
O futuro economista, respondendo ao amigo, descreveu o mar que ele enxergava. Disse que realmente estava diante de um potencial de riquezas, representado pelo litoral brasileiro, banhado pelo Oceano Atlântico. E que via no mar a grande fonte de sobrevivência, através da variedade de peixes, crustáceos e minerais como o sal e o petróleo entre tantos.
O futuro filósofo então replicou argumentando que "nem só de pão vive o Homem" sendo, também, o mar a maior fonte de lazer recuperadora da energia humana, proporcionando a sensação de bem estar, necessário no combate ao estresse do dia a dia.
Entre a visão de sobrevivência e a de homem natureza, o Economista e o Filósofo permaneceram amigos para sempre.
Aldemir Guimarães
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