Jorginho, o menino de ouro desperta o leitor para uma ação e reação frente a uma sociedade marcada pelo antagonismo entre as classes sociais, que gera a abundância e a riqueza assim como a pobreza e a miséria. Numa atmosfera nostálgica e realista, conduz à urgência de uma mudança de atitude de cada ser humano, em prol dos outros, da vida do outro, pelo outro. (Marilyn de L. B. R. de Souza)
sexta-feira, 31 de maio de 2013
NOVO LIVRO
O MAIOR PALHAÇO BRASILEIRO
O Brasil registrou em 2006 dois acontecimentos marcantes, que é sempre bom lembrar. Ao mesmo tempo em que uma nave conduziu ao espaço sideral um brasileiro, na condição de astronauta, realizando seu sonho de menino, uma outra nave invisível desceu diante de nós para levar aos Céus um outro ilustre cidadão do Brasil Continental, o amado Palhaço CAREQUINHA.
O Senhor George Savala Gomes, homem humilde, não era tão conhecido quanto o seu parceiro de vida que o notabilizou por contribuir com sua alegria contagiante para o bem estar de todas as crianças brasileiras. Do Norte ao Sul deste gigantesco território, as verdadeiras palhaçadas do CAREQUINHA foram um bálsamo nos corações sofridos das eternas crianças brasileiras. Sua grandeza como o Artista do povo que o amou jamais será esquecida, porque o imortalizou em vida. Numa época em que o artista tinha que ir ao encontro do seu público, antes da Televisão, que ele conseguiu inaugurar com suas verdadeiras palhaçadas na TV Tupi, no Rio de Janeiro, CAREQUINHA era reconhecido em todo o Brasil pela imagem do alegríssimo Palhaço e pelas músicas por ele gravadas.
Um ser que nasceu, viveu e NÃO morreu como o Maior Palhaço do Brasil, foi digno da imaginária Nave que o transportou aos céus, aquela toda transparente pela sua invisibilidade. Uma nave que veio buscar seu filho para devolvê-lo à Nave-mãe que aqui o deixou, como um extraterrestre cheio de ensinamentos de vida, conseguindo confirmar a este mundo que foi possível viver no mundo da fantasia, sobrevivendo oitenta e cinco anos como o Maior Palhaço Brasileiro de Todos os Tempos.
As gerações cinquentona, quarentona e mais jovens que desfrutaram de suas alegrias não conseguirão esquecer dos valores humanos tão expressados pelo Palhaço, porque é fácil lembrar de suas famosas piruetas, cambalhotas, suas músicas, principalmente aquela considerada educativa ("o bom menino, não faz pipi na cama...") que nos remete a todas as infâncias.
Quando o primeiro Astronauta brasileiro homenageou o Cientista Santos Dumont lá do Céu, que também passou pela Terra vivendo o seu sonho, talvez tenha inspirado o reencontro da Arte com a Ciência, possibilitando assim uma breve descida do Pai da Aviação para realizar o voo de volta do nosso CAREQUINHA, Pai de Todas as Infâncias, o verdadeiro e Maior Palhaço Brasileiro de Todos os Tempos.
Aldemir Guimarães
(Texto produzido por ocasião do falecimento do Sr. George Savala Gomes, o CAREQUINHA).
quarta-feira, 29 de maio de 2013
A FILOSOFIA, A SOCIOLOGIA E A DITADURA
A Filosofia, tratada como mãe de todas as Ciências, e que representa o ser humano em sua característica peculiar de livre-pensador, teve seu curso de milênios de existência interrompido no Brasil e na América Latina por questões politicamente ideológicas. O mesmo aconteceu com a Sociologia, que é o estudo do convívio do homem em grupo, também considerada a Ciência da Sociedade. Portanto, o Filósofo (amigo do saber) e o Sociólogo (Cientista Social) tiveram suas atividades caçadas irredutivelmente no período da nossa História conhecido como a "Ditadura Militar", de 1964 a 1984.
Sabemos que o regime ditatorial não é uma exclusividade do militarismo, o que a História como ciência consegue provar. No entanto, devido aos critérios adotados pelo regime militar, normalmente rígidos, com a implantação de um poder ditador através de uma decisão militar, o rigor passa a ser maior. E quando o ditador tem origem civil, ele assume já uma postura de comandante militar, até mesmo com extremismos pela vontade de ser o que nunca foi, um militar.
Ao ser implantado o regime militar no Brasil, a partir de um Ato Institucional em 1971 a Filosofia e a Sociologia foram excluídas do ensino do MEC. Consequentemente, estiveram banidas como disciplinas em todas as escolas brasileiras, até o final do período da Ditadura Militar.
Obviamente, filósofos, sociólogos e historiadores são humanistas por formação e, primordialmente, inatos. Preocupam-se com os direitos humanos que possibilitam o bem estar de todos. Assim, podemos entender que esses profissionais não poderiam sobreviver ao convívio com a intolerância generalizada. Partindo do princípio não-filosófico de que "manda quem pode e obedece que tem juízo", loucos e heróis foram aqueles que deram suas vidas ao contrariarem o cúmulo do absurdo, enfrentando com a paixão do Saber as armas da Irracionalidade. Quem ama o conhecimento, através dos estudos e a sabedoria inata de um livre-pensador, não pode deixar de sofrer diante da ignorância às leis,que são atropeladas em favor de poucos e em prejuízo da maioria.
Diante de uma Ditadura, o questionamento é uma ofensa que resulta em castigo. Como viveram, então, os filósofos, sociólogos e historiadores sobreviventes ao regime ? Calados, em absoluto silêncio, assim como os artistas, poetas, escritores, jornalistas e todos os amantes das idéias expressas, enclausurados nos porões das cidades murmurando bem baixinho para que as paredes não os ouvissem.
Novos tempos vivemos, com reflexos talvez do hiato que tornou as Ciências Humanas uma necessidade extrema.
Será que esses vinte ou trinta anos do vazio que causou a ausência dessas disciplinas não transformou o ser humano, em desumano ???
Aldemir Guimarães
segunda-feira, 20 de maio de 2013
MENINO VICTOR HUGO BRILHA NO LANÇAMENTO EM SÃO GONÇALO
A maior atração do lançamento de JORGINHO, O MENINO DE OURO em São Gonçalo foi a presença do menino de ouro VICTOR HUGO, estudante do Colégio Municipal Amaral Peixoto, do bairro Lindo Parque que, acompanhado pela mãe, a Profª Valéria Morgado, deixou a todos encantados com sua genialidade.
VICTOR HUGO, com 9 anos de idade, cursando o 4º ano, exibiu toda sua inteligência conversando descontraidamente com os adultos presentes, expondo suas idéias sobre o quanto gosta de leitura e de escrever. Já é autor de um livro intitulado por ele "Minhas grandes aventuras". Ficamos todos diante do mais jovem escritor gonçalense, até o momento.
O astro do lançamento, sem dúvida alguma, foi nosso brilhante leitor mirim que leu "in loco" o livro JORGINHO, O MENINO DE OURO que sua mãe acabara de comprar no evento.
O melhor do lançamento em São Gonçalo foi, certamente, sem ignorar todos os convidados, a presença do menino VICTOR HUGO que, obviamente, graças aos pais que tem, iluminou o ambiente com sua luz própria. Fiquei muitíssimo honrado em conhecer esse pequeno gênio.
Simplesmente, espetacular!!!
quinta-feira, 2 de maio de 2013
O FILÓSOFO E O ECONOMISTA
Dois amigos nasceram no mesmo bairro, na mesma rua, e tinham a mesma idade. Frequentavam a casa um do outro, jogavam bola juntos, fazendo questão de participarem sempre do mesmo time. Estudavam na mesma escola até o ensino médio, ativos no esporte e na disputa pelas garotas. Até nas avaliações suas notas mantinham um nível entre bom e ótimo. Gostavam de curtir um Rock e um Sertanejo. Esses dois eram tão parecidos que pareciam o mesmo, ou seja, Um em Dois.
Como até nos gêmeos idênticos encontra-se um detalhe que os difere, no ensino superior, os amigos separaram-se seguindo caminhos profissionais já revelados na adolescência, quando concluíram o ensino médio.
Antes de terminarem ensino médio, na fase do pré-vestibular, final do ano, no mês de dezembro, num dia de sol e céu azul estupendo, os dois amigos resolveram descansar à beira mar. Sentados num banco da calçada da praia oceânica de Piratininga, em Niterói, pronunciaram uma conversa que definia a vocação de cada um.
Olhando o mar aberto, além das ilhas, o futuro filósofo comentava com o amigo: - É impressionante a grandeza desse mar, com uma imensidão de água que, a olho nu, podemos conferir o quanto o nosso planeta é coberto pelos oceanos, cujo volume nos faz sentir insignificantes !
O futuro economista, respondendo ao amigo, descreveu o mar que ele enxergava. Disse que realmente estava diante de um potencial de riquezas, representado pelo litoral brasileiro, banhado pelo Oceano Atlântico. E que via no mar a grande fonte de sobrevivência, através da variedade de peixes, crustáceos e minerais como o sal e o petróleo entre tantos.
O futuro filósofo então replicou argumentando que "nem só de pão vive o Homem" sendo, também, o mar a maior fonte de lazer recuperadora da energia humana, proporcionando a sensação de bem estar, necessário no combate ao estresse do dia a dia.
Entre a visão de sobrevivência e a de homem natureza, o Economista e o Filósofo permaneceram amigos para sempre.
Aldemir Guimarães
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