Jorginho, o menino de ouro desperta o leitor para uma ação e reação frente a uma sociedade marcada pelo antagonismo entre as classes sociais, que gera a abundância e a riqueza assim como a pobreza e a miséria. Numa atmosfera nostálgica e realista, conduz à urgência de uma mudança de atitude de cada ser humano, em prol dos outros, da vida do outro, pelo outro. (Marilyn de L. B. R. de Souza)
segunda-feira, 30 de julho de 2018
EDUCAÇÃO, O VERBO
"A Educação é um processo vital, para o qual concorrem forças naturais e espirituais, conjugadas pela ação consciente do educador e pela vontade do educando."
No sentido original, a educação deriva do latim "educere", cujo significado é extrair, tirar, desenvolver.
Nos paises subdesenvolvidos, a submissão faz com que seus povos idolatrem os hábitos e costumes dos desenvolvidos. Estes procuram mostrar ao mundo a razão do seu bem estar, do seu crescimento, do seu conforto, fazendo valer o princípio básico do desenvolvimento
que é a Educação.
A Educação subdivide-se segundo os objetivos a serem atingidos, daí sua ramificação, a seguir: a educação moral; educação
religiosa; educação da inteligência; educação da afetividade; educação sexual; educação física e da saúde; educação para a cidadania; educação
vocacional e profissional. Trata-se assim de um complexo do universo individual. que para obter êxito é necessário o mínimo de interferência no processo ensino aprendizagem, que só será desenvolvido através da interação educador-educando.
A livre vontade do educando deve ser considerada e a ele é necessário transmitir a liberdade de escolha, a partir do momento em que ingressa mo grau de consciência capaz de discernir o certo do errado. O educando precisa saber que sua livre escolha implica sua responsabilidade sobre os fatos. No relacionamento ensino aprendizagem, a direção cede lugar a orientação de estudos. Através do estudo orientado elimina-se o processo do automatismo, enquanto busca-se a livre iniciativa com a participação direta do educando no processo educativo, deixando de lado o simples papel de um espectador.
O contexto educacional em que o aluno é mais participante contribui para o desenvolvimento porque o seu grau de dependência ao educador tende a desaparecer.
A própria lei da natureza, através de sua harmonia no contraste do belo e do feio, da rosa e do espinho, do líquido e do sólido, entre tantos, nos leva ao encontro dos extremos que, ao final de seus caminhos, somam o valor benéfico das funções, desfechando a realidade não-virtual, ou seja, a vida real.s mo educando a oportunidade de expor sua base de conhecimento, a fim de que possam os educadores ajudá-lo no desenvolvimento. Desse modo, extraímos o seu saber mínimo, por meio de sua participação no processo ensino aprendizagem como ponto de partida para o seu desenvolvimento.É do ponto de partida, o conhecimento básico exposto, que o educador vai buscar integrar os ramos da árvore da educação, respeitando sua complexidade sem podar nenhum galho que representar prejuízo no futuro. O que não é tarefa fácil.
Na escola tradicional, o educador esbarra na burocracia do conteúdo programático, limitando-se a um mero transmissor de conhecimentos. Essa postura profissional oferece ao educando a simples posição passiva de um espectador, exposto ao domínio do cognitivo.
Na escola moderna, cuja denominação de educandário soa melhor as transformações da nova sociedade, o valor do afetivo vem sobrepor-se ao cognitivo. Porque a dinâmica da vida cotidiana atual afasta a criança dos pais muito cedo, levando-a para a creche a fim de que o casal possa trabalhar. Esse afastamento conduz a uma carência afetiva dos pais, que precisa ser compensada pelo educador. A eles passa a ser mais importante a atenção afetiva do que cognitiva dos educadores.
Por outro lado, se as crianças adquirem uma independência precoce dos pais, caem na dependência dos professores, afetivamente precária, porque o profissional precisa distribuir sua atenção simultaneamente com dezenas de educandos.
Sendo a estrutura educacional deficiente no atendimento ao valor cognitivo até então, esse é mais um grande desafio para a Educação institucional, que é reorganizar-se para atendimento a clientela que vai ao educandário em busca de suprir sua carência da afeto e diálogo.
Como fica o profissional de ensino que recebe toda a carga de deficiências sem o mínimo de respeito ao desempenho do seu trabalho, que já extrapolou a falta de recursos estruturais, físicos e éticos ?
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