terça-feira, 23 de outubro de 2012

A COR DA ALMA

              
 A Nação vive uma revelação. O Brasil de todos nós nunca experimentou apreciar o cenário de trabalho da Suprema Corte, como tem sido agora quando se pode acompanhar pela mídia os trâmites do espetáculo. Os juízes do Supremo eram guardados com todo segredo de um cofre e, não só intocáveis, como também  invisíveis. Apenas aos brasileiros eram divulgadas as decisões de suas reuniões.
                O povo, hoje, não somente toma conhecimento das decisões como ainda passou a conhecer os membros do Supremo que passaram a ser "julgados" pela Nação através de suas idéias, personalizadas em seus votos. Isso possibilitou os destaques dos juizes segundo a imponência de sua votação.
                A mídia divulga e o brasileiro avalia o que vê e ouve, analisando a importância do julgamento do "mensalão". Houve assalto aos cofres públicos, ou não ? Houve formação de quadrilha, ou não ? 
                 Em tempos idos, as questões eram decididas e pronto, sem que a população acompanhasse as discussões. Nada mais era divulgado além do resultado da votação.
                 Com o advento da Democracia, mesmo em processo de formação regimental, as oportunidades surgiram para o Supremo apresentar-se pessoalmente aos brssileiros. Assim, cada membro torna-se exposto com o caráter de cada um. Logo, cai nas graças do povo aquele que mais se identifica com ele. Parece que foi o que aconteceu com o Ministro Joaquim Barbosa.
                 O Excelentíssimo Sr. Ministro Joaquim Barbosa, de cor negra, não se destacou pelo brilho de sua pele unicamente. Mostrou aos brasileiros que vale a pena estudar, alcançar um poder Supremo com todo o livre-arbítrio, certamente, sem ter desfrutado de cotas e, acima de tudo, honrar o cargo que conquistou. Estamos diante de uma integridade moral, exemplificada. O Ministro Rui Barbosa, da Velha República, defensor da honradez, possivelmente estaria feliz com a postura do Excelentíssimo Sr. Joaquim Barbosa, da Nova República.
                  A pele do Excelentíssimo Sr. Ministro é negra. Qual será a cor de sua alma, num Pais onde ainda se confunde a coloração do caráter ?
                   Aldemir Guimarães 

sábado, 13 de outubro de 2012

O ÚLTIMO EM CANTO: lançamentos

        
O lançamento da fábula romântica O Último Em Canto no dia 20 de setembro em Florianópolis teve uma característica diferente dos lançamentos realizados anteriormente, na Livrarias Catarinense, onde é satisfatório realizar esse evento. Desta vez, o autor distribuiu convites individuais para o coquetel junto a instituições educacionais e sentiu-se honrado com a presença da Secretária de Educação do Município, Proª Sidneya, através de sua representante. Depois do evento, recebeu o autor em seu Gabinete manifestando elogios ao trabalho que o escritor vem executando por iniciativa própria, buscando despertar o interesse pela leitura, aproveitando o tema Ecologia. Foi muito gratificante.

         No Rio de Janeiro, o lançamento da fábula O Último Em Canto será no Colégio Militar, onde o autor foi professor durante 20 anos, dos mais de 30 que exerceu a profissão em sala de aula. A data prevista para o evento é 8 de março de 2013.

         A fábula romântica O Último Em Canto, que conta a história de amor entre duas cigarras na Mata Atlântica, Serra dos Órgãos, também participou da IIIª Festa Literária de Madalena(FLIM), onde o autor realizou sessão de autógrafos no dia 25 de agosto último. No mesmo dia, alunos da rede pública de ensino tiveram um momento de bate-papo com o autor na programação Senhor Café, ocasião em que receberam lições de incentivo a leitura.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A NOVA ERA PILATOS

          
 A Democracia e a Liberdade só podem existir numa relação de interdependência, visto que não há regime político mais favorável a prática da ação livre. Mas, numa sociedade que perde o funcionamento de sua organização estrutural, a  Liberdade se perde num convívio de desgoverno, causando a sensação do caos.
            Estamos vivenciando uma nova Era Pilatos cuja realidade retratada requer muito mais ação dos olhos da Imprensa para fiscalizar do que simplesmente informar. Ao que parece, pela ausência da transparência, é que a sociedade ultramoderna navega a deriva num oceano sem fim, dentro de um navio cujos pilotos apenas se divertem com a coisa pública, sempre preparados para voarem caso a nave venha a afundar.
             A simbologia pilatos exalta a triste realidade do descompromisso, da irresponsabilidade e eleva cada vez mais o descaso com o próprio ser humano.
             A Imprensa, na nova Era Pilatos, é que exerce o papel de voz da socieade como o meio mais eficaz de mostrar o que ela não vê, principalmente quando os interesses comuns são ignorados pelo desgoverno.
             Enquanto se discute pura e simplesmente o "sexo dos anjos" as soluções para as questões provenientes do ato de desgovernar deixam a desejar. O caos se estabelece.
             Quando o caos surge, obviamente, a Liberdade é ferida, porque não pode haver ação livre de um indivíduo se esse impedir a ação do outro. Daí, o controle necessário de uma sociedade estruturada para uma vida harmoniosa.
              Os conflitos predominantes que a Imprensa denuncia diariamente, numa rotina sem precedentes, revelam a imagem de uma sociedade caótica, vítima do desgoverno da nova Era Pilatos, quando é mais cômodo lavar as mãos do que tomar devidas providências.
                Aldemir Guimarães