Amar, o objeto do
desejo
Amar, o amor que não
tem jeito
Aquele que fere o
peito
Amar, quando o tempo
não permite
Amar, a beleza que
persiste
No coração que não
resiste
Como esquecer um
grande amor
Se a memória
transfere para o peito
toda dor ?
Razão e emoção se
conflitam
No limite da paixão
Enquanto a alma
transcende
Numa imensa desolação
A dor do amor não
deixa a vida acabar
Pois é preciso amar
para o coração acelerar
Morrer de amor é
renascer
Na dor que brota
No parto vital
A saudade corrói
Porque o amor dói
Na distância que o
tempo constrói
Seguir vivendo a dor
do amor
É reviver
A cada raiar do dia
O sol acende a vida
A lua apaga
As estrelas suavizam
A dor que não acaba...
Aldemir Guimarães