quinta-feira, 26 de maio de 2011

O POSTE

Estrtanha massa de concreto
sólido
desumano
Alta palmeira plantada
pelo ato humano
As ramificações luzem à noite
E tiram a cidade das trevas


O cimento rude escora
e ancora veículos sem governo
levando vidas
sem vida
em vida

Para-peito do bêbado angustiado
que repousa aos pés do leito seco
umidecido pelos cães na hora do mijo


A árvore sai e dá lugar
ao monumento erguido
na superfície sem raízes
que brota para o futuro
(A.Guimarães)

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