terça-feira, 19 de novembro de 2013

NATAL

         Aproxima-se o Natal e com ele a confraternização pela troca de presentes entre amigos e familiares. Antecipo os votos de Amor e Fraternidade de Cristo no convívio de todos os amigos que me acompanharam ao longo deste ano que se despede. Que a alegria da união natalina seja extensiva por todo o Ano Novo !
         Neste momento reflexivo aproveito para convidar a todos que, junto com um brinquedo, de um livro de presente a uma criança. Assim, o brinquedo estará bem acompanhado.
        Agradeço de coração a todos os amigos que, com certeza, muito me incentivaram neste projeto de Servidor da Leitura, como me considero.
        Saudações fraternas!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ABL ABRAÇA ANTONIO TORRES

          O reconhecimento da Academia Brasileira de Letras a um Mestre da literatura moderna, Antônio Torres, foi devidamente confirmado agora com sua eleição para ocupar uma cadeira naquela importantíssima Instituição que congrega grandes mestres da literatura do Brasil e do mundo. 
             O escritor Antônio Torres, autor do romance Essa Terra, premiado internacionalmente na América Latina e na Europa, realiza um trabalho que raros intelectuais se dispõem a executar. Seu nome é conhecido nas Universidades e instituições que incentivam a boa leitura pelo pais a fora. Tive a oportunidade de participar de duas atividades do ilustre Acadêmico que produz e vai ao encontro do público. Justiça foi feita pela ABL, reconhecendo o grande estimulador da leitura.  

ZUMBI E AS SENZALAS

               O negro Zumbi dos Palmares poderia ser lembrado como o "Tiradentes" da libertação dos escravos pelas circunstâncias de sua morte brutal, que o transformou num mártir racial. Época em que viveu sob o domínio das escravidão, no século XVII, quando foi favorecido pela Lei do Ventre Livre, soltando a voz proibida, inconformado com a situação dos demais membros da comunidade negra. Por que não todos eram libertados como ele ? Uma pergunta que incomodava àquele que bastava agradecer pela sua liberdade, pelas oportunidades que eram oferecidas, e curtir uma boa vida para a condição de um negro de seu tempo. 
                    Ser  livre não era o bastante para deixar de sofrer por todos que permaneciam escravizados. O sentimento de ver sua comunidade morta em vida, nas senzalas, amontoada como gado nos curais, sem as mínimas condições humanas de sobrevivência, estimulou o surgimento de um líder disposto a sacrificar-se em defesa de sua gente. Para conquistar o direito que não tinham, o de viver reconhecidamente como seres humanos, o único caminho oferecido para enfrentar a intolerância foi lutar fisicamente, como verdadeiros guerreiros. 
                   Sem uma representação legal, muito distante de qualquer tentativa de argumentação, o refúgio transformado em esconderijo levou a uma defesa armada. Como exalta o samba de Martinho da Vila, "Valeu Zumbi". E diz ainda a letra que "o negro samba, negro jogo capoeira..." na condição atual de livre, reconhecendo o esforço de um líder do passado. 
                  Cada sociedade convivendo com sua época, temos hoje novas roupagens para classificar as diversas formas de liberdade, partindo do princípio filosófico do tema, visto que ser livre não consiste apenas em ir e vir mas, também, viver com dignidade. E, como seria essa dignidade ? 
                     HOJE há representação legal, eleita para defender todos os descendentes de Zumbi, livrando-os das atuais senzalas, aquelas que imitam falsas moradias iludindo os que não têm onde morar.
                    A senzala do tempo de Zumbi não fornecia luz, água e esgoto. Não passava de um galpão de depósito de gente, assim considerada. Não tinha cômodos. Atualmente, apresenta divisões improvisadas e nada mais. Quantos Zumbis ainda são necessários para mudar esse quadro ?  
            Aldemir Guimarães