terça-feira, 27 de junho de 2017

PROFISSÃO: HUMANISTA

           Essa tal globalização que estamos vivenciando ao início de mais um século, que também caracteriza-se como uma revolução tecnológica, responde pelas dificuldades sociais, atualmente refletidas na vida de cada cidadão, transformado em marginal pelo desemprego. 
                As transformações do mundo fazem parte da História, exigindo a cada período readaptação do cidadão profissional. No entanto, tais mudanças precisam ser acompanhadas pelo Estado, de modo a não permitir o total desamparo de seu povo. 
               A globalização faz parte de uma nova ordem mundial, que segue os padrões antigos da dicotomia, dominantes e dominados. Antes dela, tinha-se uma visão mais complexa de quem mandava no mundo, com a disputa acirrada entre duas potências (Estados Unidos e União Soviética). Todos eram divididos em países ricos e países pobres, com suas peculiaridades. 
                A nova ordem trouxe a clara e definida bipolaridade, ricos e pobres. O mundo agora parece definido entre dominados e dominadores. Os países ricos decidiram aumentar suas riquezas, criando o corporativismo e fortalecendo-se com a união dos esforços em prol de uma economia mais poderosa. O mesmo vem fazendo os países pobres, na tentativa de se libertarem da dominação dos ricos. 
             Nesse clima de busca da libertação do domínio econômico, os países sem estrutura financeira caem no ciclo vicioso do domínio indireto. Os países ricos, que autoclassificaram-se como os donos da Terra, resolveram impor suas condições aos pobres e assim fatiarem os seus domínios pelo globo a afora.
              Alguns países pobres, aqueles que estão tentando emergir, deixam seus povos agonizantes de fome, enquanto fabricam bombas nucleares para defesa contra possíveis invasões de vizinhos, tão dominados quanto eles. Exemplos atuais, a Índia e o Paquistão. Um povo místico, como a  da Índia, superpopuloso, império da miséria e da exploração inglesa, agora tentando mostrar ao mundo que detém a poderosa bomba. 
             Afinal, quem habita este planeta ? É apenas o humano, racional, inconformado com o espaço que ocupa, manifestando eterno descontentamento ?...  
              A evolução da humanidade não atingiu progresso, porque não se pode associar o humanismo ao desenvolvimento tecnológico. A tecnologia evoluiu originando uma moderna civilização. No entanto, as relações humanas não diferem dos primórdios dos tempos. Houve sim, aprimoramento do comportamento selvagem, através do uso das armas bélicas que a evolução tecnológica trouxe. 
              As relações de Caim e Abel ganharam novos rumos, novas vestimentas, novas paisagens ambientais. O dinamismo da vida moderna passou a exigir esforços sobre-humanos, beligerantes, consumindo o homem, criador da máquina que o devora. A criação dominando o criador. O que também não é um fenômeno novo. 
                Enquanto o humano luta contra a máquina, sua criação, enormes espaços na superfície terrestre ainda vivem ocupados pela ignorância,pela falta de produção agrícola, com toda exuberância que apresenta seu solo rico.                                                                                                                                    Não há superpovoamento terrestre. O que falta é ocupação dos espaços de forma humanitária. Cada território conquistado precisa ser ocupado sem o cunho da invasão, pois o humano que ocupou o espaço, naturalmente, deve ser preservado em suas condições humanas de vida. 
             Vivenciamos uma 3ª Revolução Tecnológica. Falta-nos presenciar a 1ª Revolução Humanista.               O mundo clama pela formação de profissionais humanistas.   

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