No Pais ainda de maior população católica do mundo, onde o humor do povo permite que, através da fé hilária, Deus seja brasileiro, a rivalidade com nossos hermanos argentinos permanece ativa no cenário mundial. Dois Cardeais do Brasil disputaram a indicação ao papado. Tivemos até mesmo o favoritismo, porém, não foi dessa vez. Não "habemos Papa". Os argentinos, sim.
Por outro lado, somos o Pais dos Franciscos, amavelmente chamados de Chicos. O Chico Xavier, o Chico Mendes, o Chico Anísio e o Chico Buarque, para citar apenas os notáveis perante a mídia, entre milhões que estão presentes neste maior território da América Latina, cuja grandeza não é mais de um "gigante adormecido".
Estamos em 2013. Por circunstâncias místicas, um Papa de origem alemã renunciou para a posse de um latino-americano. Misticamente, o maior Pais da América Latina realizará o maior evento mundial que congregará a juventude católica internacional. O Papa argentino no Brasil, em sua primeira visita a América Latina. Haberemos Papa, circunstancialmente.
Um novo ano se aproxima, 2014, para revivermos a rivalidade entre Brasil e Argentina no esporte mais popular do mundo, o futebol. Aliás, até hoje o inconformismo com o fato de, orgulhosamente, termos o maior jogador de todos os tempos, Pelé, fere o ego dos argentinos. O "rei do futebol" está constantemente sendo comparado ao jogador argentino Maradona, que sempre desejou tomar para si os títulos do Rei, inclusive a coroa.
Maradona, que sempre foi considerado o melhor da Argentina, agora sofre ameaça de perder o título para o naturalizado espanhol Messi. E, pelo andar do trem-bala, isso não está longe e nem difícil de acontecer.
O Pais católico e amante do futebol não experimentou a emoção de eleger o Papa, porém, o Pontífice argentino escolheu, iluminadamente, um nome bem brasileiro para dirigir o seu rebanho. Nada mais importante e controverso do que a homenagem a São Francisco, que empresta o nome a um dos maiores rios do Brasil, que banha a região mais pobre do Pais.Um rio farto de água, atravessando toda a seca nordestina, onde a miséria impera.
Aldemir Guimarães
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