terça-feira, 20 de outubro de 2015

MÃOS DESARMADAS

               Os assaltos de mãos desarmadas passam por uma questão de hábito, que torna o crime uma banalidade, visto que a indiferença aos fatos criminosos também é habitual. 
               Em se tratando de hábitos, estaremos sempre diante dos bons e dos maus. A preferência do mau caráter é praticar os maus hábitos, enquanto que o virtuoso prefere a prática do bem. E, seguindo a máxima de "fazer o bem sem olhar a quem", os praticantes dos maus hábitos aderiram à máxima de, também, "fazer o mau sem olhar a quem". 
            Os criminosos a mãos desarmadas atuam invisivelmente fazendo o mau a sociedade atingindo como vítimas todos os membros de todas as camadas sociais. Camuflados nos trâmites burocráticos, os assaltantes invisíveis a olho nu conseguem eliminar vidas através da desgraça da burocracia desorganizada. Quando organizada, abusada pelo poder do mau caráter, torna-se uma arma letal. 
                   Uma nova arma letal é a comunicação telefônica que é utilizada para medíocres pressões, que levam cidadãos desorientados ao extremo do aborrecimento, porque criminosos usufruem livremente desse instrumento para abusarem da falta de controle, causado pela liberdade de ação em nome de um Liberalismo Econômico desestruturado. Os assaltos via telefone e via internet somam-se aos de mãos desarmadas, porque tudo passa a ser banal quando foge ao controle e ingressa na lista dos costumes habituais. Assim como alguém morrer em uma fila hospitalar enquanto aguarda atendimento. Afinal, como dizem os mais bem informados: - "O povo gosta de fila. Faz parte da cultura ..." 
                Nessa linha de raciocínio de uma inteligência egocentral, morrer numa fila de atendimento hospitalar não é nada mais do que Natural, numa sociedade cuja formação de Fila indiana é considerada Cultural. 
                 Numa sociedade cuja arrecadação de impostos também é cultural, seus membros esperam o retorno dos tributos na prestação de serviços essenciais a sua sobrevivência. Nada mais justo do que dar e receber na proporção matemática das estatísticas populacionais. 
                  Quem mata mais, os assaltos a mãos armadas ou a mãos desarmadas ?
                    

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

"ESTAMOS ROUBADOS"

              Essa expressão popular, que acostumamos ouvir quando a situação não está boa, nos coloca em xeque agora que a sociedade humana se vê em um labirinto de fatos sociais que convergem para a autodestruição. 
              Literalmente, estamos roubados por todas as entradas e saídas do labirinto. Os assaltos se dividem entre os de mãos-armadas e de mãos-desarmadas.