terça-feira, 11 de outubro de 2011

ESCREVER

Não escrevo pra viver mas vivo para escrever.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O SONHO DE ARISTÓTELES

O filósofo grego, que viveu a cerca de 2.500 anos atrás, já sonhava com uma sociedade feliz, enveredando pelos caminhos do relacionamento humano.
A Grécia Antiga, berço da nossa civilização cultural, com os exemplos da mitologia, do teatro, da música e da sabedoria milenar filosófica, nos legou esta noção de felicidade.
O pensador Aristóteles tomou a palavra FILIA, que significa amizade, para idealizar uma Cidade Feliz. Para ele todos os habitantes da cidade deveriam relacionar-se como verdadeiros amigos. O que se espera de um relacionamenteo entre amigos nada mais é do que o melhor possível: de inteira respeitabilidade.
Indo um pouco mais adiante, na etimologia da palavra, verificamos a importância das Associações, Sindicactos e Grêmios, Clubes, entre tantos, aos quais nos FILIAMOS. Ao filiarmo-nos, tornamo-nos AMIGOS, integrantes daquelas instituições sociais. Porque FILIAR é AMIGAR, no valaor aristotélico da palavra.
Manter a amizade na sociedade imaginada pelo Filósofo Aristóteles passa a ser utópico, a partir do instante em que a competição surge, necessariamente, em razão da estruturação da cidade ou instituições com a existência de cargos a serem ocupados. A espontaneidade da AMIZADE se perde na necessidade do controle, geerador do poder que, por sua vez, exalta a vaidade que estimula o egoismo.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

METADE PÁSSARO

A mulher do fim do mundo
Dá de comer às roseiras,
Dá de beber às estátuas,
Dá de sonhar aos poetas.

A mulher do fim do mundo
Chama a luz com um assobio, faz a virgem virar pedra,
Cura a tempestade,
Desvia o curso dos sonhos,
Escreve cartas ao rio,
Me puxa do sono eterno
Para os seus braços que cantam.

(Murilo Mendes)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

BRANCA

Quero um tema
de teima
falando de amor
falando que existo
mostrando que sou
homem humano
querendo viver
no mundo das rosas

brancas
brancas
brancas

Sem um pingo vermelho
que sinta receio de me aproximar
pois apesar de ser rosa
não quero rosa
na cor
prefiro rosa flor

Rosa imaculada
branca meu amor
branca minha flor

(A.Guimarães)

O POSTE

Estrtanha massa de concreto
sólido
desumano
Alta palmeira plantada
pelo ato humano
As ramificações luzem à noite
E tiram a cidade das trevas


O cimento rude escora
e ancora veículos sem governo
levando vidas
sem vida
em vida

Para-peito do bêbado angustiado
que repousa aos pés do leito seco
umidecido pelos cães na hora do mijo


A árvore sai e dá lugar
ao monumento erguido
na superfície sem raízes
que brota para o futuro
(A.Guimarães)

CANÇÃO DO EXILADO

Minha terra tinha palmeiras
hoje palmeiras não há
as aves que aqui gorjeavam
já não têm onde gorjear


Sabiá foi para longe
em busca de novo lugar
a distância era tanta
que não conseguiu chegar


Estranha floresta encontrou
era "pinnus" sim senhor
alimento não havia
e ali ele pousou


Mesmo sendo sua terra
sabiá não se encontrou
pois tiraram-lhe as palmeiras
nada mais então restou

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Precatórios

Quanto mais esperamos da justiça, menos dias vivemos. Parece algo estratégico de xadrezistas manipuladores que satisfazem o próprio ego travestidos de justiceiros do povo. Quando surge nos trámites judiciários montantes de precatórios anunciados, olhos gananciosos passam a espreitar e a sondar como hienas as carcaças humanas que apodrecem ao longo dos anos de espera por uma solução definitiva.
Até quando estaremos diante de maus exemplos do Estado, sempre representado por ideologias assassinadas quando assumem o poder ? Respondo: até quando o ser humano mudar. O que muda é apenas o cenário e o palco onde atuam os dignos representantes do povo.
Por outro lado, a vitória do sistema capitalismo sob o domínio da globalização atropela até mesmo os mais preparados para enfrentar os obstáculos dessa vida econômica.
O lamentável de tudo isso é que o Capitalismo Selvagem favorece ao fortalecimento de uma Justiça que se faz de sega, quando quer, porque o poder político e econômico prevalece. Não interessa os Direitos se os governantes não cumprem os Deveres do Estado para com o seu povo.
Vivemos na sétima potência econômica mundial, com crescimento da produção de Petróleo, porém falta ainda verba para saúde, educação e segurança, além de um aumento absurdo do combustível. Todavia, controlamos o dólar e a dívida externa. No entanto, a distribuição da renda ainda vive no plano teórico.
Se realmente o povo fosse dignamente representado, os seus Direitos seriam respeitados em primeiro plano, como interesse político número UM. Aí também é sonhar demais, não é ?!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A BRASILEIRA

A sociedade brasileira vive mais um sucessivo momento histórico com a posse da primeira mulher Presidenta do pais. Um acontecimento seguido da eleição do primeiro Presidente, genuinamente popular, cuja biografia não nega sua origem de plena pobrreza e humildade. Infelizmente, pobreza não é sinônimo de humildade. Mas o Presidente Lula conseguiu reunir os dois caracteres humanos e, com seu carisma de político nato, fez novamente história elegendo sua sucessora.

Voltando ao tema da mulher eleita presidenta do Brasil, está cada vez mais claro a transformação da sociedade com a evolução feminina definindo sua ocupação em todos os seteores e escalões. A família conjugal se sobrepos à tradicional, peermitindo que a mulher assuma o seu papel social, além das fronteiras dos laços familiares de guardiã do lar e reprodutora, mesmo que para isso pague um custo muito alto no terreno da competição com o masculino. Maria Quitéria, Anita Garibaldi e Maria Moura, exemplos de guerreiras, estão substituidas hoje pelas milhões que batalham na guerra da sobrevivência.

Neste pais miscigenado pela audácia e astúcia dos aventureiros, cabe uma referência ao fator origem, mais uma vez européia, predominando no rosto brasileiro.

A história da sociedade brasileira parece obedecer a uma linha sucessiva de fatos promovidos pelos aventureiros europeus. Se não fosse Cabral descobrir as terras, inspirado por Colombo, quem seríamos ? Um português, o outro italiano e outros espanhóis, franceses e holandeses. E agora, se não fosse o pai búlgaro de nossa Presidenta aventurar-se para o além-mar ocidental, que rosto teria a primeira mulher mais poderosa do Brssil, sétima potência do mundo ?

Aldemir Guimarães